Cirurgias para apneia do sono são mais indicadas quando há anomalias anatômicas ou falta de adaptação no uso do CPAP

O distúrbio do sono mais comum e também o mais prejudicial, a apneia obstrutiva do sono, também pode ser tratado com cirurgias. Segundo o diretor do curso de Cirurgia da Via Aérea Superior na Apneia do IRCAD  – (Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas), Leonardo Haddad, a indicação é maior quando existe alguma anomalia anatômica ou quando o paciente não se adapta ao tratamento com CPAP. Atualmente, estudos estimam que cerca de 30% da população é acometida pela síndrome.
A apneia do sono é um distúrbio que faz com que a pessoa pare de respirar por alguns segundos, devido ao bloqueio das vias aéreas superiores (garganta e nariz), durante o repouso. Na maior parte dos casos, roncos, noites mal dormidas, cansaço durante o dia, sinalizam o problema que atinge cada vez mais a população.
Com exceção de anomalias na garganta e nariz, a prevenção está em um estilo de vida saudável que inclui boa alimentação, atividade física regular e exclui cigarros e uso de álcool. O diagnóstico preciso é feito em clínicas especializadas, já o tratamento depende do grau de gravidade do distúrbio. O uso do aparelho CPAP é uma das alternativas, mas segundo o especialista na área, Leonardo Haddad, apenas 50% das pessoas se adaptam. No final de junho, ele dirigirá um curso no IRCAD que treinará cirurgiões de toda a América Latina em cirurgias da via aérea superior na apneia, e em Outubro aplicará o mesmo curso na sede do IRCAD localizada em Estrasburgo, na França.  “A ciência e a tecnologia vêm avançando nos tratamentos, especialmente nas técnicas e tecnologias utilizadas nas cirurgias nasais, no palato e na faringe, no intuito de proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes”, disse Haddad.